domingo, dezembro 03, 2006

Semáforo

Um carro amarelo
atravessou o sinal vermelho
e colidiu com outro, verde.

No horizonte alaranjado, morria o sol.
A tarde caía cinzenta.
As pessoas estavam pálidas.

Dois cadáveres apáticos,
um branco, outro pardo,
avermelharam de sangue o chão.

Veio o carro preto da funerária.
O moço, de olhos azuis e feições sombrias,
disse que era preciso dar cor à poesia.

O policial, de cínicos cabelos grisalhos
e uniforme marrom,
disse que não.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bem te ler....

Precisamos ter mais contatos literários...

Abb...

Lembra quem sou...?